segunda-feira, 8 de outubro de 2012

porque hoje foi dia de eleição..

Sem querer fazer discurso e sem querer mudar ninguém, de verdade, não vou resistir. Terei que escrever sobre o resultado das eleições. Na verdade, nem precisarei falar dos políticos e politiqueiros envolvidos, pois isso, acredito já ter falado, curtido e compartilhado bastante.
É sobre política mesmo. Não acredito em apolítica, porque estudando um pouquinho foucault (que estudei pra fazer minha monografia de conclusão de curso na produção cultural da uff), a gente percebe facilmente que política também é o que você faz, o modo como você age no dia a dia. Para ser mais específica, o nome dessa política do cotidiano é a Micropolítica (de que fala tão bem o Guattari, outro autor que tb tive que me aprofundar pra fazer a mono).
E querendo ou não, faz-se micropolítica todos os dias. E mesmo que você não vote ou não goste (eu tb não gostava) da macropolítica "oficial", imposta. Quando você escolhe o destino que você dará a seu lixo, quando você escolhe a educação que você dará a seu filho, quando você escolhe o que você vê na tv e com que visão você vê, você está fazendo micropolítica.
Somos seres sociais/culturais e a política passa por aí, não tem jeito.

O facebook e as redes sociais podem ser ótimos meios de exercer essa micropolítica ou política do cotidiano. E tenho usado bastante. E gostado bastante.
Sou plenamente responsável pelas coisas que falo e faço, com algum orgulho, inclusive. É claro que isso não me impede de errar ou de exagerar em alguns pontos.
Mas, ainda com alguma convicção, não acho que tenha exagerado em nada que mencionei sobre essa eleição e os candidatos que a representaram.

Apesar disso, esclareço (aos que acham que sou fanática e "radical") que não considero, nunca considerei e não pretendo considerar, o Marcelo Freixo, ou o Flávio Serafini, ou quem quer que seja e que eu venha a votar ou já tenha votado, um deus.
Deuses pressupõem verdades absolutas. E as minhas sempre foram relativas.
"Não sou nada, nunca serei nada, à parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo".
Relativas, porque tenho um lado meio antropólogo que não me permite observar só um lado da moeda. Então, imaginar que eu seja "radical" (e a gente usa esse termo errado, na verdade ele significa: desde a raiz) é um engano.

Acreditar num deus salvador não é definitivamente a minha praia. Acredito no plural.
Na responsabilidade que cada um tem de mudar o que julga errado.
Portanto, Marcelo Freixo não é um salvador (que equívoco)! Jamais diria isso!
E para os que falam: lamento que joguem suas responsabilidades para outros.

Apenas acredito em alguns políticos, que antes de serem políticos, são pessoas honestas, coerentes, e que acreditam que o que está dado não é natural, mas passível de mudanças.