Algumas confusões são inevitáveis, então:
www.umsorvetedeflocos.blogspot.com
e não se fala mais nisso!
Acredito no poder de um sorvete de flocos numa tarde cinza. Ou era pistache? Era pistache. Mas não importa: Sorvete de Flocos.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Aviso aos navegantes 2
Como tudo já foi inventado nessa vida, descobri que uma outra Juliana também tem preferência por sorvete de flocos..
mas a coincidência maior é que ela tb tem um blog com esse nome!
só pra deixar claro que o meu sorvete é SEM ponto! (entre o www e o sorvetedeflocos)
assim, evitamos possíveis confusões!
Att,
mas a coincidência maior é que ela tb tem um blog com esse nome!
só pra deixar claro que o meu sorvete é SEM ponto! (entre o www e o sorvetedeflocos)
assim, evitamos possíveis confusões!
Att,
domingo, 13 de abril de 2008
Aviso aos navegantes
Às vezes edito. Antes de postar.
Tiro, mudo, acrescento, substituo..
Escrevo nas entrelinhas.
Tiro, mudo, acrescento, substituo..
Escrevo nas entrelinhas.
Penso mais do que qualquer coisa. Amo música, viagens e conversas de bar. Leio pra entender. Leio Clarice pra me entender. Faço terapia. Danço sozinha no escuro. Gosto do escuro. Tenho um sol meu. Amo cheiro de mato molhado, mas sou urbana. Tenho um milhão de idéias, mas morro de preguiça. Adoro o mar. Quero morar na Bahia. Gosto de dormir com barulho de chuva. Só ouço música brasileira. Doces não me apetecem como antes. Adoro suco de abacaxi com hortelã e sorvete de flocos. Amo minha irmã, minha mãe, meu pai, minha família. Detesto melancia. Gosto de prédio antigo e lugares aconchegantes. Adoro varanda. Me cobro incessantemente. Implico com gente que fala demais. Preciso de silêncios.
2/01/08
Ela decidiu ir. Dar uma volta ia ser bom. Queria ficar sozinha e a casa estava cheia. Uma caminhada na praia pra desanuviar. Naquele momento, tudo que ela precisava era não ter compromisso com a vida.
A companhia era o fone de ouvido. Música ia ajudá-la a não pensar em nada, ou pelo menos ia evitar que ela prendesse, na cabeça, pensamentos teimosos.
Logo veio “Lembra se puder, se não der esqueça, de algum jeito vai passar”. Aumentou, mesmo com a probabilidade de ficar surda mais cedo. Não importava. Música alta era seu vício mais constante. Antes que pudesse refletir sobre o significado que aquela música lhe remetia, outra: “É preciso saber viver”.
Ela achou um pouco de graça. É incrível a imaginação das pessoas, principalmente nessas horas em que qualquer coisa que acontece parece estar sincronicamente ligado ao momento presente.
De repente, uma vontade enorme de ter uma filha pra chamar de Marina. Pra cantar “Não pinte esse rosto que eu gosto e é só seu, Marina você já é bonita com o quê Deus lhe deu”.
Ela agora prestava atenção no que estava em volta. No calor amenizado pela brisa. Nos meninos de bicicleta. Mas a paz do momento deu lugar a uma desconfiança leve provocada por esses mesmos meninos. O botão de alerta foi ligado e a sensação de que algo sairia dos eixos, tomou conta.
Ela então decidiu voltar e sentar num banco à sombra. O ângulo da árvore que encobria o banco lembrava uma foto tirada em Ouro Preto. A lembrança trouxe de volta uma certa tranqüilidade.
E os mesmos meninos no mar, nas pedras – tensões cotidianas da cidade grande. Era hora de voltar. Outros compromissos, senão o encontro com ela mesma naquela tarde, a esperavam.
O turbilhão de pensamentos precedidos ao passeio, já não tinham a força de antes. O que havia para ser resolvido certamente ainda estava ali. Um passeio pela orla ao sol da tarde não faz desaparecer incômodos, tão pouco esclarece dúvidas. Mas tem uma capacidade quase mágica de desacelerar a vida por instantes. Existe nesses caros momentos, algo de divino, que comove. Ela sabia bem.
O reencontro com o movimento das coisas teve de ser encarado. Logo, ela também estaria encarando a vida, com a mesma atenção. Era inerente, quase inevitável. Isso era ela.
Mas antes, se apressou para tomar um sorvete.
A companhia era o fone de ouvido. Música ia ajudá-la a não pensar em nada, ou pelo menos ia evitar que ela prendesse, na cabeça, pensamentos teimosos.
Logo veio “Lembra se puder, se não der esqueça, de algum jeito vai passar”. Aumentou, mesmo com a probabilidade de ficar surda mais cedo. Não importava. Música alta era seu vício mais constante. Antes que pudesse refletir sobre o significado que aquela música lhe remetia, outra: “É preciso saber viver”.
Ela achou um pouco de graça. É incrível a imaginação das pessoas, principalmente nessas horas em que qualquer coisa que acontece parece estar sincronicamente ligado ao momento presente.
De repente, uma vontade enorme de ter uma filha pra chamar de Marina. Pra cantar “Não pinte esse rosto que eu gosto e é só seu, Marina você já é bonita com o quê Deus lhe deu”.
Ela agora prestava atenção no que estava em volta. No calor amenizado pela brisa. Nos meninos de bicicleta. Mas a paz do momento deu lugar a uma desconfiança leve provocada por esses mesmos meninos. O botão de alerta foi ligado e a sensação de que algo sairia dos eixos, tomou conta.
Ela então decidiu voltar e sentar num banco à sombra. O ângulo da árvore que encobria o banco lembrava uma foto tirada em Ouro Preto. A lembrança trouxe de volta uma certa tranqüilidade.
E os mesmos meninos no mar, nas pedras – tensões cotidianas da cidade grande. Era hora de voltar. Outros compromissos, senão o encontro com ela mesma naquela tarde, a esperavam.
O turbilhão de pensamentos precedidos ao passeio, já não tinham a força de antes. O que havia para ser resolvido certamente ainda estava ali. Um passeio pela orla ao sol da tarde não faz desaparecer incômodos, tão pouco esclarece dúvidas. Mas tem uma capacidade quase mágica de desacelerar a vida por instantes. Existe nesses caros momentos, algo de divino, que comove. Ela sabia bem.
O reencontro com o movimento das coisas teve de ser encarado. Logo, ela também estaria encarando a vida, com a mesma atenção. Era inerente, quase inevitável. Isso era ela.
Mas antes, se apressou para tomar um sorvete.
21/03/08
Sorvete de Flocos
Ano passado, em meio ao meu inferno astral, tive vontade de fazer um blog. Pensei até em nomes. Alguns eram bons, mas desisti de todos. Passou.
Hoje, pegando carona em palavras alheias – e tão minhas – volto a pensar naqueles nomes. Crio outros. Pra desistir depois. Não quero um blog que me obrigue a racionalizar o que escrevo. Fiz com os nomes. Não quero mais.
Pode ser que eu não acredite em inferno astral, pode ser que eu nem acredite em inferno. Não, não acredito em infernos, tão pouco em céu.
Mas acredito no poder de um sorvete de flocos numa tarde cinza. Ou era pistache? Era pistache. Mas não importa:
Sorvete de Flocos.
3/04/08
Hoje, pegando carona em palavras alheias – e tão minhas – volto a pensar naqueles nomes. Crio outros. Pra desistir depois. Não quero um blog que me obrigue a racionalizar o que escrevo. Fiz com os nomes. Não quero mais.
Pode ser que eu não acredite em inferno astral, pode ser que eu nem acredite em inferno. Não, não acredito em infernos, tão pouco em céu.
Mas acredito no poder de um sorvete de flocos numa tarde cinza. Ou era pistache? Era pistache. Mas não importa:
Sorvete de Flocos.
3/04/08
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