No entanto, a alegria - a força maior.
Experimentar a possibilidade da canção que desde os sons
guturais já lá se fazia. Experimentar o fecho da sinfonia
incompleta que enovela tudo. Experimentar o dia seguinte
e depois e depois e depois. *
Experimentar a cada dia, o dia. E a alegria do
dia seguinte, da sua chegada e
da sua partida, para de novo, e
só então, se inaugurar o outro dia.
* Imagens da biopolítica I: cartografias do horror. André Queiroz. pág. 162-163
Acredito no poder de um sorvete de flocos numa tarde cinza. Ou era pistache? Era pistache. Mas não importa: Sorvete de Flocos.
sábado, 23 de julho de 2011
sexta-feira, 22 de julho de 2011
O tema que não me sai da cabeça há semanas, a me perturbar o juízo. Ele volta num abrir de livro, na sala do consultório, numa conversa qualquer. Ele sempre esteve aqui ou eu que só o notei agora?
Onde o limite, desde onde o limite, até onde?
Eis a resposta que só me assalta agora: não existe. Este, o limite.
Se o impomos é para evitar constrangimentos. Mais uma forma de poder, de controle, a forma de limitar, de limitar-se?
Limitações tênues e diárias, como a alegria de Clarice.
Mas o limite é o abismo.
Ultrapassar os limites - limites claros, marcados, limites invisíveis e os nem tanto - é ultrapassar esse abismo.
Talvez a ausência de limite, o não saber o que é um e o que é outro, a precariedade da mistura, do não limitar-se venha da impossibilidade mesma daquela expressão que se queria primeira.
O que confunde é o que não se dá.
A impossibilidade de fazer para saber aonde o fazer leva.
A cisão, esse abismo.
02/07/11
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