quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Fui a viagem inteira ouvindo o diálogo de uma mãe e uma criança.
Havia momento que a criança lia estória. Havia momento que a mãe explicava a estória.
E houve momento de simples conversa.
A criança achou engraçada a explicação da mãe sobre o significado de "drops de aniz". Parece que gostou pois repetiu a expressão algumas vezes. Como se falando, saboreasse o drops, ou as palavras.
Também exclamou com certeza que conhecia a "tia adriana como a palma da minha mão".
Depois perguntou o que era catarata e riu quando, ao repetir a palavra, trocou a ordem das sílabas.
Refletiu com pleno interesse sobre a altura das montanhas, sobre a subida da serra, sobre a morte ou a sobrevivência de quem caísse daquela altura.
A conversa seguiu animada a viagem toda, com alguns momentos de pausa, gastos apreciando a paisagem que deslizava na frente de seus olhos curiosos.
 
Pensei em quem aquela criança se tornaria. Que profissão escolheria. Quais mais perguntas e respostas teria da vida.
Não verei isso, mas tive a clara impressão que será uma pessoa grande - por em tão pequena já o ser.






11/10/12
avistei a casa do outro lado da rua, atrás do muro de hera. a escada caracol à mostra era convidativa. a partir dela começo a observar o que teria além daquele muro. um sabiá de peito amarelo surge por entre as árvores que habitam o jardim. era só o que era possível saber. parte da fachada da casa com escada de caracol branca, um poste que iluminaria o caminho até o portão, árvores, muitas, e o som dos pássaros que encontravam morada naquele jardim. depois, a chuva.
 
 
 
 
 
11/10/12