Fazer, sem pressa, o almoço
Não se importar com a chuva
Não ter quê.
Viver apenas. Respirar.
Se permitir a distração sem utilidade
Se adaptar à falta de pressa, à falta que o futuro faz
Não esperar nada além da certeza da sede:
De chuva, depois do calor.
De dia, depois do sono.
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Ficar na rede por muito tempo me deixa zonza. Mesmo sem seu balanço. Mesmo sem a leitura, fico zonza. Acho que é o silêncio - apesar do barulho do rio, que agora já faz parte do silêncio, ou das mangas que se precipitam sobre o telhado, esse sim ainda causa sobressalto. Silêncio de pensamento, de sentimento, de sensações até. Pode isso? É possível? Não sei. É bom? Não sei. É, apenas.
03/01/13