quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Não se preocupar com a hora
Fazer, sem pressa, o almoço
Não se importar com a chuva
Não ter quê.
Viver apenas. Respirar.

Se permitir a distração sem utilidade
Se adaptar à falta de pressa, à falta que o futuro faz
Não esperar nada além da certeza da sede:
De chuva, depois do calor.
De dia, depois do sono.


--



Ficar na rede por muito tempo me deixa zonza. Mesmo sem seu balanço. Mesmo sem a leitura, fico zonza. Acho que é o silêncio - apesar do barulho do rio, que agora já faz parte do silêncio, ou das mangas que se precipitam sobre o telhado, esse sim ainda causa sobressalto. Silêncio de pensamento, de sentimento, de sensações até. Pode isso? É possível? Não sei. É bom? Não sei. É, apenas.
 



03/01/13
 




ano novo

Que 2013 seja pleno
Nem cheio, nem vazio
Pleno

Pleno de paz interior
Pleno de amor universal
Pleno de energia
De saúde

Pleno de trabalho criativo, de coração em festa!

Pleno de cores e boas surpresas.





31/12/12

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013


Revisitar, visitar, tornar a visitar, revisitar de novo

Não há novo. Não há nada se nada for feito.

Ano novo de novo. De novo e novo.

Redundâncias não espantam, espanta o trabalho de fazer novo, de novo e sempre.

Mais espanta o não fazer.



Internet, só da varanda

Banho, só de piscina natural

Música, só da vitrola

Dormir, só ao barulho do rio





Não precisa ser poeta para fazer poesia aqui

Livros, por toda parte

Quadros, objetos, bancos, imagens

A mata é nativa e abundante

A casa parece, sempre esteve ali, nasceu ali

Junto com quedas d`água, bichos e árvores

A poesia vive, se alimenta

O olhar não captura, é capturado a todo instante

Tudo absolutamente, mesmo inanimado, fala por si.



30/12/12