Tentava parar. Sempre que vinha à
lembrança, tentava esquecer, pensar em outra coisa, fugir da questão. Às vezes,
até conseguia, mas noutras perdia era tempo nesse exercício diário que é largar
um hábito, um vício. Quando a vontade era muita, me permitia, só por aquele
dia. Porém, o amanhã não chegava, nunca chegou. Ou chegava, e ia embora no
tempo da próxima mesma promessa.
Não sei mais parar. Achei que saberia
mais uma vez, como sempre soube ou lembrava saber. Mas a lembraça não era a
mesma, tampouco o era a pressa de cumprir promessas.
02/08/11