quinta-feira, 8 de abril de 2010

coração aflito

voltei pela praia - como de costume - mas hoje foi diferente.
diferente porque o mar era pura ressaca.
diferente porque a ressaca tinha deixado todo o lixo na areia.
porque se tinha virado refém dentro das casas.
porque as casas - muitas casas - já não estavam de pé.
porque com as casas, as pessoas, dentro, também não tinham ficado de pé.
porque para onde se olhava, se chorava. de desespero. de espanto.
de algo que há pouco havia se perdido: a esperança.