sexta-feira, 22 de julho de 2011

O tema que não me sai da cabeça há semanas, a me perturbar o juízo. Ele volta num abrir de livro, na sala do consultório, numa conversa qualquer. Ele sempre esteve aqui ou eu que só o notei agora?


Onde o limite, desde onde o limite, até onde?


Eis a resposta que só me assalta agora: não existe. Este, o limite.


Se o impomos é para evitar constrangimentos. Mais uma forma de poder, de controle, a forma de limitar, de limitar-se?


Limitações tênues e diárias, como a alegria de Clarice.


Mas o limite é o abismo.


Ultrapassar os limites - limites claros, marcados, limites invisíveis e os nem tanto - é ultrapassar esse abismo.


Talvez a ausência de limite, o não saber o que é um e o que é outro, a precariedade da mistura, do não limitar-se venha da impossibilidade mesma daquela expressão que se queria primeira.


O que confunde é o que não se dá.


A impossibilidade de fazer para saber aonde o fazer leva.



A cisão, esse abismo.







02/07/11

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