domingo, 25 de setembro de 2011

Esqueci. Não de tudo, pois que talvez isso não seja ainda possível. De boa parte. Boa aqui, não num sentido de qualidade, mas de quantidade mesmo. Até poderia dizer: esqueci de boa parte boa, e diria também de boa ruim. Esquecer é perder?

Dizem que a memória é seletiva. Mas não se esquece só de lembranças ruins – não são delas que devemos lembrar para que se possa tentar outros caminhos, que não àquele?

Mas sem motivo e a qualquer hora do dia, me chegam lembranças de sonhos antigos. Fragmentos de sonhos mesmo, daqueles que sonhamos dormindo. Me vem à cabeça como lembranças do que vivi. Até que percebo que são lembranças de sonhos. Como tudo é relativo, minha memória “seletiva” pode decidir esquecer que determinada lembrança faz parte do sonho.

Será assim o modo que a memória tenha achado para realizar sonhos? Será isso seria uma realidade forjada?

E o que a realidade se não isto?

(de uns meses atrás..)




Um comentário:

Caroline Tavares disse...

Tenho pensado que passado e futuro são ficções. A realidade é o já. Lembrei, ah!... a memória: un, deux, trois!!!