domingo, 25 de setembro de 2011

“Somos incompatíveis”. Essa frase me soou quase como uma morte. E isso é fim. O que fazer com a incompatibilidade? Há o que se fazer? Não. Por isso era morte. Pq tb contra ela não havia nada a se fazer. E a morte sempre me chocou, a princípio. E ainda me choca, a princípio. E vai me chocar sempre, acho, a princípio. Mas quando ela se distancia ou quando a gente, de alguma maneira, se distancia dela, ou talvez isso seja a mesma coisa, o peso que a gente dá a principio passa tb. Ameniza. E a longo prazo (pra mim a longuíssimo prazo, pois que muito infelizmente, os meus processos são lentos, lamentos) fica até leve. Ah, a morte leve! Que incompatibilidade, eu, logo eu, dizer da leveza da morte. Achar, igualmente leve, a incompatibilidade. E o princípio demora, demora. E simplesmente demoradamente passa.
(Passa. E ainda é morte e ainda é incompatibilidade. E vai ser sempre. E vai ser sempre mais leve. A longo prazo).


Para minha irmã com todo o amor do mundo e com toda a incompatibilidade da vida.
13/09/11

Um comentário:

Caroline Tavares disse...

Tudo, tudo pode acontecer, pode-se descobrir, até, incompatibilidades; mas, antes, bem antes, já havia amor incondicional.