“Somos incompatíveis”. Essa frase
me soou quase como uma morte. E isso é fim. O que fazer com a
incompatibilidade? Há o que se fazer? Não. Por isso era morte. Pq tb contra ela
não havia nada a se fazer. E a morte sempre me chocou, a princípio. E ainda me
choca, a princípio. E vai me chocar sempre, acho, a princípio. Mas quando ela
se distancia ou quando a gente, de alguma maneira, se distancia dela, ou talvez
isso seja a mesma coisa, o peso que a gente dá a principio passa tb. Ameniza. E
a longo prazo (pra mim a longuíssimo prazo, pois que muito infelizmente, os
meus processos são lentos, lamentos) fica até leve. Ah, a morte leve! Que
incompatibilidade, eu, logo eu, dizer da leveza da morte. Achar, igualmente
leve, a incompatibilidade. E o princípio demora, demora. E simplesmente
demoradamente passa.
(Passa. E ainda é morte e ainda é incompatibilidade. E vai
ser sempre. E vai ser sempre mais leve. A longo prazo).
Para minha irmã com todo o amor do mundo e com toda a
incompatibilidade da vida.
13/09/11
Um comentário:
Tudo, tudo pode acontecer, pode-se descobrir, até, incompatibilidades; mas, antes, bem antes, já havia amor incondicional.
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