sábado, 15 de dezembro de 2012

A mesma sensação nascida com a mesma leitura. Só os livros eram diferentes. E a mesma apreensão de quem está prestes a descobrir algo. Uma surpresa, ainda que mais branda.
E justo num dia que fica difícil não entender como um sinal. Sinal de uma verdade que só pode existir na minha cabeça. Que diferença, então, ser ou não verdade?
(Ainda não sei a importância que dou a redescoberta. Talvez melhor seja não dar nenhuma).
Agora imagino ter sido uma intuição. De qualquer jeito, ambas são irracionais. Não poderia ser de outra forma.
Intuição porque segundo Clarice, esta é uma reflexão profunda e inconsciente que emerge.
Agora me parece ser a sensação ainda mais irracional. Se aquela, mesmo que inconsciente, é uma reflexão, o que seria esta, a sensação?
Sentido puro, íntimo, intransferível, incompreensível..
A mais próxima experiência de sentí-las ao mesmo tempo, perplexa e muda.





12/12/12

Um comentário:

Aline Miranda disse...

que texto mais clariceano..
me deixou curiosa.